sábado, 25 de julho de 2015

Deficiências - 3. Surdocegueira

A surdocegueira é a ocorrência de deficiência auditiva e visual na mesma pessoa. Os casos mais acentuados são aqueles em que a pessoa tem a perda auditiva profunda (não consegue ouvir os sons da fala) e cegueira desde os primeiros meses de vida.

A surdocegueira, infelizmente, não é apenas o somatório dos efeitos da surdez com os da cegueira. A pessoa cega possui maiores possibilidades de se inserir na sociedade. A pessoa surda dispõe de equipamentos  e meios para exercer plenamente sua cidadania. No entanto, a pessoa surdocega precisa de muito apoio especializado, pois a visão de mundo só será possível através do tato, principalmente, das mãos.

CAUSA

  • Síndrome da rubéola congênita. Se uma gestante contrair rubéola até o terceiro mês de gestação, poderá gerar um filho com surdocegueira.

COMO IDENTIFICAR

O bebê não reage a estímulos auditivos e nem a estímulos visuais. Nos primeiros estágios de vida, sua comunicação depende, essencialmente, do choro. Através do choro, ele vai aprendendo a conseguir o alimento, a ver-se livre de determinado desconforto, a sentir, pelo tato, a presença de alguém ou de algo. Com mais idade, tende a desenvolver o balanceio do corpo, a pressionar com os dedos o globo ocular; uma forma de ter a sensação de luz. 

DICAS

  • Os pais, ao constatarem que o bebê é surdocego, devem procurar, o mais breve possível, atendimento especializado, inclusive para receberem instruções de como devem agir.
  • Quando você estiver diante de uma pessoa surdacega e quiser ajudá-la, lembre-se: toda e qualquer informação só será recebida por ela através do tato. 
  • Não deixe o surdocego sentir-se sozinho, nem o deixe em pé e distante de um apoio. Ao caminharem juntos, deixe que ele segure no seu braço.
  • Ao se dirigir ao surdocego, sempre se identifique. Deixe-o sentir seu anel, o brinco ou o relógio que você sempre costuma usar. Depois, oriente-o sobre o que pretende fazer.
  • A pessoa surdocega pode estar acompanhada de um Guia-Intérprete, o qual utiliza diversos recursos de comunicação, como por exemplo, a Libras Tátil (Libras nas palmas das mãos) ou o Todoma, que consiste em a pessoa surdocega colocar a mão no rosto do Guia-Intérprete, com o polegar tocando suavemente o lábio inferior e os outros dedos pressionando levemente as dobras vocais. Através da vibração das cordas vocais, ela consegue entender o que a outra pessoa está falando. Há pessoas surdocegas que apenas não ouvem, mas falam; portanto, ela pode ouvir pelo Tadoma e falar com a própria voz. Quando começar um diálogo com uma pessoa surdocega que utiliza o Tadoma, deixe que ela faça o mesmo com você.
BIBLIOGRAFIA

Fundação de Ação Social - Diretoria de Proteção Social Básica. O agir e a atitude diante de uma pessoa com deficiência: noções básicas. Curitiba, PR. 2012.
SASSAKI, R. K. Terminologia sobre deficiência na era da inclusão. Revista Nacional de Reabilitação, São Paulo, ano V, n. 24, jan./fev. 2002, p. 6-9.
Secretaria Especial Dos Direitos Da Pessoa com Deficiência - Prefeitura Municipal de Curitiba. Cartilha de Comportamentos, Mitos e Verdades. Volume 1. Abril de 2014.

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