quarta-feira, 22 de julho de 2015

Deficiências - 2. Deficiência Visual

Deficiência visual: cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60º ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores (Decreto nº 5.296/2004).

CAUSAS

Durante a gravidez: Rubéola, toxoplasmose e doenças sexualmente transmissíveis (DST).

Após o nascimento: Glaucoma, catarata, diabetes, toxoplasmose, acidentes, incompatibilidade sanguínea (Rh), retinose pigmentar, retinoplastia, uveíte, atrofia do nervo ótico, deslocamento de retina, ceratocone, entre outras.
 

COMO IDENTIFICAR

No bebê: Não acompanha estímulos visuais (luzes, movimento de objetos), deixa de movimentar as mãos em frente aos olhos, não responde a sorrisos.

Na infância e na idade adulta: Lacrimejamento, irritação constante nos olhos, força o olhar ao se interessar por determinados objetos, aproxima os objetos dos olhos mais do que o normal, tropeça e derruba objetos ao caminhar, omite letras e pula linhas e sua escrita pode ser ilegível.

PREVENÇÃO
  • Realizar pré-natal, não usar colírios e pomadas sem prescrição médica.
  • Durante a infância, os pais e professores devem estar atentos à escrita, leitura e dificuldades de aprendizagem da criança.
  • Consultar um oftalmologista pelo menos uma vez ao ano.
DICAS
  • Ao se direcionar a uma pessoa com deficiência visual, aproxime-se de modo que ela possa notar. Procure dar alguma pista sonora ao se aproximar. Cumprimente-a e apresente-se. Nunca empregue brincadeiras como: "Advinha quem é?".
  • Converse com a pessoa cega em tom normal de voz.
  • Sempre que precisar sair de perto de uma pessoa cega, avise-a, para que ela não continue falando, achando que você ainda está nas proximidades.
  • Se for auxiliar uma pessoa cega na rua, primeiro pergunte se ela precisa de ajuda; em caso afirmativo, pergunte aonde ela pretende ir, pois você poderá mudar sua referência. Ao atravessar a rua, atravessem-na em linha reta, senão ela poderá perder a orientação.
  • Para guiar uma pessoa cega, deixe que ela segure em seu braço; ela irá ao seu lado, um pouquinho atrás, acompanhando os movimentos do seu corpo. Diminua a marcha diante de degraus, meio fio e outros obstáculos que encontrarem pelo caminho. Ela sentirá a mudança de ritmo e dos seus movimentos. Passe a uma certa distância de postes e de obstáculos laterais.
  • Quando for orientar e explicar direções para uma pessoa cega, seja claro, alerte-a sobre obstáculos no caminho, indique as distâncias aproximadas em metros ou passos.
  • Se ela for utilizar uma cadeira, guie a mão dela até o encosto da cadeira e informe se essa tem ou não braços.
  • Se tiver com uma pessoa cega durante a refeição, pergunte-lhe se quer auxílio para cortar a comida ou para adoçar o café, e explique-lhe a posição dos alimentos no prato.
  • No restaurante, não havendo cardápio em Braille, se a pessoa cega assim o desejar, você poderá ler o cardápio e os preços.
  • A pessoa cega não vive num mundo escuro e sombrio. Ela percebe coisas e ambientes e adquire informações através do tato, da audição e do olfato. Ela pode ler e escrever também em Braille.
  • O computador é outra ferramenta que auxilia a pessoa cega a se comunicar, possibilitando à pessoa cega escrever e conferir textos, ler jornais e revistas, via internet ou livro digitalizado, utilizando programas específicos (DosVox, Virtual Vision, Jaws, etc.),nos quais se fala o que está escrito na tela.
  • Bengala ou cão-guia auxiliam a pessoa cega para caminhar com autonomia, identificando ou desviando-se de degraus, buracos, meio-fio, raízes de árvores, orelhões, postes, objetos protuberantes nos quais ela possa bater a cabeça, etc. O cão-guia nunca deverá ser distraído. Lembre-se! Ele está trabalhando, guiando a pessoa cega.
  • Ao planejar eventos, providencie material em Braille.
Pessoa com baixa visão
  • Proceda quase da mesma forma que com a pessoa cega.
  • Pessoas com baixa visão podem usar bengala ou não.
  • Ao planejar eventos, providencie material impresso com letras ampliadas.
BIBLIOGRAFIA

Brasil. Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004 (dispõe sobre acessibilidade).
CLEMENTE, Carlos Aparício. Conviva com a diferença. Osasco: Espaço da Cidadania, 2003 (cartilha disponível em http://ecidadania.cjb.net, e-mail:espaco.cidadania@ig.com.br).
FDNC. O que você pode fazer quando encontrar uma pessoa cega. São Paulo: Fundação Dorina Nowill para Cegos, c.2005 (folheto). Site: www.fundacaodorina.org.br, e-mail: info@fundacaodorina.org.br.
Secretaria Especial da Pessoa com Deficiência - Prefeitura Municipal de Curitiba. Cartilha de Comportamentos, Mitos e Verdades. Volume 1. Abril de 2014.